No dia 19 de setembro de 1921, nascia Paulo Freire, um dos mais importantes pesquisadores da pedagogia mundial e patrono da educação brasileira. Apesar de seu reconhecimento internacional – 29 títulos de Doutor Honoris Causa concedidos por universidades da Europa e da América, prêmio Educação pela Paz da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco), ser o terceiro educador mais citado em trabalhos acadêmicos no mundo em universidades da área de humanas segundo levantamento da London School of Economics e ter sua obra traduzida em mais de 20 idiomas – no Brasil, não há unanimidade quando se fala de Paulo Freire, ele ainda é alvo de muita resistência e também de muitas fake News.
Freire defendia que a educação deve ser libertadora e que o aluno precisa aprender a ler o mundo para transformá-lo; além disso criou um método de alfabetização, que leva seu nome, que alfabetizou 300 adultos em menos de 40 horas na cidade de Angicos (RN), em 1963. Seu trabalho revolucionário foi interrompido pela ditadura militar que não via o método com bons olhos, afinal alfabetizar é libertar.
No centenário de Paulo Freire, não houve nenhuma homenagem do governo federal ao patrono da educação brasileira, assim como não houve nenhuma homenagem aos professores no Dia do Professor celebrado anualmente no dia 15 de outubro, o que mostra o apreço dos governantes brasileiros pela educação e pelos professores.
É essencial parabenizar os professores que ao longo da pandemia, muitas vezes sem o conhecimento e o material adequado, adaptaram suas aulas para o ensino remoto tentando diminuir o efeito nefasto que a pandemia, aliado a péssima gestão governamental, na educação das crianças. Vale ressaltar que o apagão educacional foi muito pior para os alunos oriundos de escolas públicas já que muitos estão afastados da escola há 19 meses, fazendo com que o abismo entre o ensino público e privado ficasse ainda maior
Que em 2022 o trabalho dos profissionais de educação seja reconhecido e valorizado, inclusive financeiramente, e que possamos celebrar a educação com as crianças de volta à escola.
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